De forma geral, podemos dizer que os edifícios inteligentes integram uma tecnologia que fornece soluções inovadoras e acessíveis para problemas antigos. Imagine que o edifício onde trabalha conhece as suas preferências quanto à luz e temperatura ambiente. Não seria algo bastante útil para si? E se lhe disséssemos que a conveniência não é o único benefício que pode retirar dos edifícios inteligentes, visto que eles podem também ajudar a poupar energia e custos acrescidos? Neste artigo, iremos explicar no que consiste um edifício inteligente e como pode tirar proveito do mesmo.
O que é um edifício inteligente?
Um edifício inteligente utiliza tecnologia para permitir um uso eficiente e económico de recursos, criando ainda um ambiente seguro e confortável para os seus ocupantes. Os edifícios inteligentes podem recorrer a uma vasta gama de tecnologias e são concebidos ou reconvertidos de forma a permitir a integração de futuros desenvolvimentos tecnológicos. Alguns mecanismos que podem ser utilizados num edifício inteligente para controlar e otimizar o seu desempenho são os sensores IoT, os sistemas de gestão de edifícios, a inteligência artificial e a realidade aumentada.
Quais são os benefícios que um edifício inteligente proporciona?
Existem várias vantagens associadas aos edifícios inteligentes. De seguida, apresentamos-lhe algumas delas, de modo a perceber melhor como pode realmente tirar proveito destas infraestruturas inteligentes.
- Reduz o consumo de energia
De acordo com alguns estudos, o consumo energético de um edifício pode ser diminuído entre 5 e 35% através do uso da tecnologia inteligente. Esta é uma vantagem não só financeira, mas também ambiental.
- Aumenta a produtividade
Os edifícios inteligentes permitem assegurar que as condições de saúde e segurança são cumpridas de forma eficiente. Os edifícios inteligentes tornam as pessoas mais produtivas, monitorizando continuamente a utilização das instalações e ajustando sistemas para garantir que os ocupantes tenham tudo o que necessitam.
- Melhora a eficiência do edifício
Os sensores discretos fornecem dados anónimos sobre a forma como o edifício está a ser utilizado. Tal permite que os sistemas inteligentes façam ajustes sobre os locais onde o calor e a luz são necessários e sobre a utilização de infraestruturas como o ar condicionado, por exemplo. Além disso, os sensores ajudam ainda a identificar as áreas mais e menos utilizadas no edifício, concedendo oportunidades para otimizar tais espaços.
- Estabelecimento de uma manutenção preditiva
Os custos de manutenção podem ser significativos quando se recorre a processos manuais. Contudo, sem manutenção, os equipamentos do edifício precisam de uma substituição muito mais frequente, o que gera custos acrescidos. A boa notícia é que os edifícios inteligentes permitem uma manutenção preditiva mais simples. Os sensores conseguem detetar o desempenho do edifício e ativar os procedimentos de manutenção antes que um alerta seja emitido.
- Melhor uso de recursos
Um benefício importante dos edifícios inteligentes é a capacidade de recolherem uma grande quantidade de dados que podem ser analisados para tomar decisões. Os proprietários de edifícios podem ver quanta energia é utilizada em tempo real e quanto esta custa. Isto pode levar a melhores decisões baseadas em dados. Assim, já não é necessário recorrer à nossa intuição ou a informações não tão precisas para se tomar decisões importantes.
- Mais conforto para os ocupantes
Os edifícios inteligentes possuem controlos avançados de clima e iluminação que ajudam a melhorar a qualidade do ar e os níveis de iluminação no interior. Podem registar dióxido de carbono e partículas no ar e alertar os operadores quanto a níveis elevados. Além disso, os edifícios inteligentes com sensores de ocupação sabem onde se encontram os ocupantes e podem ajudar os proprietários destas estruturas a compreender e manter o distanciamento social.
Quais são as características que distinguem um edifício inteligente?
Existem vários tipos de tecnologia que distinguem um edifício “normal” de um inteligente, dos quais destacamos:
- Automação predial
A automação predial integra e controla os sistemas de um edifício. É o cérebro de um edifício inteligente, encarregando-se de dizer aos equipamentos o que estes devem fazer. Além disso, a automação predial garante que as operações são realizadas de forma segura e eficiente.
- Internet das coisas
Consiste numa rede de dispositivos conectados fisicamente que comunicam entre si através do intercâmbio de dados. A internet das coisas conecta a tecnologia num edifício inteligente. Os dispositivos em causa incluem sensores, luzes, e medidores que recolhem e analisam dados.
- Inteligência artificial
A inteligência artificial é a simulação de máquinas concebidas para imitarem o processo de tomada de decisões do ser humano. Pode ser aplicada para se saber qual o uso de energia apropriado para cada equipamento, por exemplo. Através da inteligência artificial é também possível ajustar a luz e temperatura de determinado espaço.
- Realidade aumentada
A realidade aumentada é uma tecnologia que permite sobrepor elementos visuais à nossa visão da realidade. Com esta ferramenta, podemos melhorar os edifícios inteligentes de várias maneiras, incluindo em situações de emergência. Por exemplo, óculos com AR podem ajudar um profissional de manutenção a ver instruções de equipamento, avisos, datas de instalação e dicas de resolução de problemas presentes sobre a peça de equipamento.
Concluindo, os edifícios inteligentes podem realmente beneficiar os seus ocupantes de várias maneiras e prevê-se que cada vez mais continuem a ser construídos para se alcançar um número mais elevado de pessoas e exponenciar as suas vantagens.
