Qualquer organização quer, naturalmente, aumentar os níveis de produtividade dos seus equipamentos. Contudo, as falhas e avarias são um pesadelo que se torna realidade mais vezes do que o ideal e as consequências são rapidamente detetáveis. Como tal, é importante colocar em prática mecanismos eficientes que permitam uma boa gestão de todos os ativos, maximizando assim os resultados pretendidos e aumentando a satisfação de todas as partes envolvidas.
É aqui que surge a importância da gestão de ativos (asset management), que quando aplicada de forma bem-sucedida, pode realmente ser muito vantajosa para qualquer organização. Neste artigo, abordaremos no que consiste a gestão de ativos, quais as suas vantagens e importância para o bom funcionamento de diferentes ativos.
O que é a gestão de ativos (asset management)?
Antes de mais, é importante abordar o termo “ativo”, que cada vez mais ouvimos circular entre diferentes contextos. Afinal, o que é um “ativo”? Podemos definir um ativo como qualquer item físico como equipamentos, edifícios, propriedades ou veículos. Contudo, um ativo pode ser também um item imaterial como direitos de autor ou propriedade intelectual, por exemplo.
Agora que esclarecemos o significado desta palavra tão crucial, iremos agora explicar no que consiste a gestão de ativos na manutenção. No contexto industrial, a gestão de ativos é um processo que consiste em maximizar o valor que um ativo fornece a uma organização ao longo da sua vida útil. O objetivo é fazer com que cada ativo seja aproveitado ao máximo para se alcançar os resultados desejados e diminuir os riscos.
Gestão de ativos vs gestão de manutenção: qual a diferença?
Apesar das diferenças evidentes entre ambos, os termos “gestão de ativos” e “gestão de manutenção” são frequentemente confundidos. Enquanto o primeiro se foca no ciclo de vida de cada ativo, o segundo foca-se mais especificamente em certos momentos do ciclo de vida do ativo. Portanto, a gestão de manutenção controla determinados indicadores, de modo a identificar potenciais problemas. Além disso, encarrega-se de averiguar dados como os custos ou os materiais que devem ser utilizados e ainda previne avarias ou tenta que estas sejam resolvidas o mais rápido possível conforme os casos.
No que consiste a gestão de ativos na manutenção?
Antes de mais, a gestão de ativos foca-se nas etapas da compra, instalação, até chegar finalmente às etapas de operação e gestão, podendo incluir também a desmontagem dos equipamentos. Pode incluir ainda as compras e substituições de peças ou modificações de equipamentos, tendo sempre em vista a otimização dos custos, entre outras coisas como:
- Avaliação do estado de todos os ativos;
- Elaboração de uma matriz de criticidade;
- Programação automática de serviços;
- Desenvolvimento de uma base de dados dos ativos;
- Investimento em ferramentas de qualidade;
Além disso, é crucial mencionar a importância de criar um plano de manutenção, cujo objetivo é evitar o mau desempenho dos ativos e o surgimento de falhas. O plano de manutenção ajuda a realizar o inventário dos ativos, a recolher informações relacionadas com o seu desempenho através de testes e inspeções, recorrendo ainda à manutenção preventiva (previne o surgimento de falhas e avarias nos ativos) e corretiva (corrige as falhas e avarias que acabam por surgir nos ativos).
Porque é que a gestão de ativos é importante?
Como já referido, a gestão de ativos tem como objetivo maximizar a utilidade de um ativo, seja ele um equipamento, veículo ou edifício. Portanto, uma boa gestão de ativos permite analisar o valor de cada um, as suas oportunidades, vantagens, desvantagens, custos e possível desempenho. Assim, todo o ciclo de vida de um ativo pode ser controlado, o que permite garantir a segurança de operadores e clientes, assegurar a produtividade dos sistemas em causa e aumentar a satisfação de todas as partes envolvidas.
Por exemplo, digamos que trabalha numa fábrica e está responsável pelo bom funcionamento de certas máquinas. Uma gestão de ativos eficiente permite-lhe monitorizar a performance dos seus equipamentos, prevenir avarias, estabelecer prioridades, ponderar custos, etc. De seguida, iremos enumerar mais benefícios que uma gestão de ativos eficiente pode proporcionar.
Quais são os grandes benefícios de uma boa gestão de ativos?
Quando a gestão de ativos é bem-sucedida, o número de falhas acaba por diminuir, o que consequentemente leva a menos interrupções na produção. Assim, é possível aumentar a confiabilidade na boa performance das máquinas e garantir que a produção não é afetada. Além disso, é possível aumentar a qualidade dos produtos, a consequente satisfação dos clientes e evitar a perda de lucros.
Outra questão importante a ter em conta é a segurança dos operadores. Por exemplo, no contexto industrial, uma boa gestão de ativos inclui a análise cuidada dos equipamentos para garantir o seu bom-funcionamento e evitar os acidentes de trabalho. Além disso, ao nível das despesas, uma boa gestão de ativos permite reduzir os custos nos reparos ou substituições de equipamentos. Portanto, como é possível verificar, os benefícios de uma gestão de ativos bem-sucedida são inegáveis.
A gestão de ativos, ou asset management, pode ser assim a solução para prevenir avarias e falhas, bem como impactos negativos na produtividade, orçamento e satisfação das pessoas envolvidas.